Borboleta
Borboleta
o sou,
para levar emoções,
para voar a terras
longínqüas
e dizer do meu
amor.
Dizer-
lhe de um amor
que passou,
quase virou flor
e murchou...
Mas
borboleta que
sou
viajo à
terra do nunca,
procurando sempre
aquele amor sonhado
e nunca completado,
que não
se realizou.
Amor
impossível,
devemos tê-lo
consigo,
guardadinho dentro
do peito
até que
morra
sem nos causar
tanta dor...
Assim,
cheio de reticências
ele entrou e saiu.
Demorou um pouco,
só uma
eternidade,
para deixar meu
coração
tão louco
de saudade.
E,
ainda tenho lágrimas,
por mais que não
queira,
pois como avalanche
derrubou-me inteira.
Agora,
é só
me recompor
nesta vida de
borboleta
e encontrar um
novo amor!
Eda
Carneiro da Rocha |