Como
queria
ser
menino,
deixar
rolar
pelo
chão
meu
pião
minhas
bolas
de
gude,
na
calçada
e
gritar:
Marraio!
Filidô!
Sô
rei!
Ah!
minha
meninice
de
moleque
Comprar
coco
partido,
na
quitanda
e
pedir
pedras
de
gelo,
pra
chupar..
Tomar
muito
picolé
até
ter
a
boca
dormente
e
dizer:
"
Quero
mais!
"
Quero
Mais"!
Que
calor!"
Olhar
as
meninas
catitas
que
passavam
e
me
davam
bola
e
eu
orgulhoso
,qual
moleque
cheiroso,
já
encenava
calças
compridas...
A
matiné
de
domingo,
o
algodão
doce,
o
bala
baleiro
"
Quem
vai
comprar"?
E
assim
comprava
ilusões
n
um
saco
de
pipoca
e
o
estourava
sorrindo
até
cansar...
A
zoeira
da
praça
a
carona
dos
bondes
que
passavam
e
o
trocador
atrás
dos
seus
tostões
Ah!
Como
queria
ser
menino!
Não
ter
nada
na
cabeça
só
amor
de
pai
e
mãe
e
jurar
para
o
seu
padre
que
não
pecava
mais...
E
os
beijinhos,
na
Ritinha,
escondidos
atrás
do
muro...
Beijos
poéticos
de
estalar
suas
bochechas.
Estou
aqui,
meus
amigos,
jamais
os
deixarei
meu
pinho
está
parado
mas
a
festa
continua
no
bailar
celestial
que
recomponho,
na
minha
outra
vida.
Vim
para
marcar
presença
e
para
dizer
que
os
amo
que
jamais
os
deixarei
nessa
ciranda
da
vida,
pois
adeus,
não
há!
É
só
uma
viagem
até
o
próximo
bonde
onde
nos
encontraremos
todos,
uma
outra
vez!
Eda
Carneiro
da
Rocha
"
Poeta
Amor"