Que
posso
te
dizer
hoje
do
amanhã?
A
que
braços
recorrerei,
quando
quiser,
meu
abraço,
no
laço?
Minha
boca
na
tua?
Minha
seiva,
com
mistura?
Serei
ser
errante...
Ser
partido,
bi-partido,
sem
hoje,
nem
amanhã?
Como
fitarei
as
Estrelas
só,
sem
tua
companhia?
Caminho,
no
espaço!..
Nada
vejo!
Meus
pés
não
bailam
com
os
teus!
Estão
soltos
no
ar,
procurando
os
teus,
nos
meus!..
Dá-me
um
alento
de
amor.
Senão,
naufragarei,
não
mais
viverei.
Serei
só
a
sombra
que
te
procura,
dia
e
noite,
noite
e
dia...
Onde
está
teu
olhar
que
já
não
fita
o
meu?
Perguntas,
sem
respostas.
Estás
apenas
num
perto-longe,
onde
te
aguardo,
para
seres
meu
par,
para
muito
nos
amar!..
Vem,
não
me
deixes
sossobrar!
Sou
tua,
nunca
te
esqueças!
Nesta
vida
e
na
outra,
onde
teremos
nos
encontrado,
para,
finalmente,
bailarmos,
no
espaço
a
dança
dos
amantes
que
encontrou
seu
par!.
Eda
Carneiro
da
Rocha
"
Poeta
Amor"