Perdida,
caída, mas não sucumbida,
renasci, como fênix das artes
e do lirismo!
Bati minhas asas e ousei um vôo
maior,
onde ninguém pudesse me alcançar!.
Voei céus e mares,
pôr de sóis e despontar
da vida.
Caí, qual fêmea ferida,
sem desistir de nada!
Poesia é minh'alma!
poesia é minha vida,
meu lirismo que me impregna
até as partes mais inatingíveis
do meu ser!.
Não adianta querer me crucificarem.
Tomo a cruz, como exemplo.
Peco e não nego,
mas por amor encontrado,
desavisado,
que nasceu
de uma grande dor!..
De um abandono,
de atos e palavras,
fiquei órfã.
Tomei só minhas asas,
persegui vôo.
Encontrei minha dor e... meu Amor!..
Eda Carneiro da Rocha
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