Tuas
mãos,
quando me tocam
são o
meu sacrário,
minha vida,
meu amor!
Elas me falam,
me procuram
para o amor.
Pequenina
respondo,
correndo ao
apelo
de tuas mãos.
Minhas mãos
que se tornam
unas!
Para te ter,
amor
eu as junto,
suplicando à
Virgem
que elas sempre
estejam unidas,
nunca separadas,
nunca desamadas!
Mão em
minha mão,
como aquele
beijo célebre
que ficou na
história
"Romeu
e Julieta"
que se beijavam
com as mãos
espalmadas
e tudo podiam
sentir,
até o
frêmito
do amor,
o canto da cotovia
que trazia toda
a alegria
desse imenso
amor!
Tuas mãos,
meu sacrário,
onde deposito
o meu viver,
hoje, amanhã
e sempre
estaremos mãos
espalmadas
beijando-nos
até morrer!
que será
um eterno viver!
Eda Carneiro
da Rocha